A ciência do Bem-Estar Animal (BEA) é fundamentada pela interdisciplinaridade e a Medicina Veterinária é parte importante do leque de opções. Em termos práticos essa ciência busca estratégias de gerência, manejo e tratamento que reduzam o sofrimento animal. Dentro desse foco este trabalho avaliou três gerações de éguas sob o aspecto das cinco liberdades valendo-se da Escala de Condição Física (ECF) (anexo1) .
Material e Métodos
Foram avaliadas três gerações de éguas:
Figura.1 |
Figura.2 |
Figura.3 |
Resultados e Discussão
O desenvolvimento de métodos para avaliar a qualidade de vida dos animais é um dos objetivos da ciência do BEA. Essa avaliação baseia-se em fatores internos e externos ao animal, como, provisão de alimentos, tipo de acomodação, manejo, interação social o que pode caracterizar BEA bom ou ruim. Na espécie equina a ausência de uma avaliação de BEA têm levado a alterações irreversíveis em sua saúde. Demonstra-se presença de úlceras gástricas debilitantes e comportamentos atípicos em potros sob “desmama precoce e forçada”. Desvios significantes da alimentação natural induzem a dores crônicas na equitação, por vezes levando a dores agudas e a óbitos. A aplicação das cinco liberdades tem valor fundamental, sendo elas: 1ª Livre de sede, fome e má nutrição; 2ª Livre de desconforto físico e térmico; 3ª Livre de dor, injúrias ou doenças; 4ª Livre para expressar o seu comportamento natural; 5ª Livre de medo e estresse. Ao acompanhar essas três gerações de éguas submetidas a diferentes realidades e privações, foi possível, pelo score corporal, avaliar o quanto a presença ou ausência de cada uma das cinco liberdades influiu na vida desses animais.
Conclusão
A utilização da ECF, comparada a existência ou não das cinco liberdades na vida desses animais, mostrou-se útil na avaliação do BEA.
(Publicado no I Congresso Internacional de Bem Estar Animal 2011 - AMVBBEA)